domingo, 5 de agosto de 2007

Deus e a casca.



A história das religiões sem mostrou um cenário de guerras, interesses políticos e econômicos mesmo em pleno século XXI. Conquistar, apropriar ou mesmo destruir em nome de Deus sempre foi um pretexto para que homens levantassem seus impérios, domínios e ideologias.
Não é a toa que o islamismo vem crescendo no mundo todo, mesmo com toda a campanha contra que o lado ocidental do globo tem jogado em cima dos seguidores de Mohamed.
Mas confusões políticas à parte, a religião, seja ela qual for, sempre em se preocupa em explicar quem é Deus, e “suas” vontades perante seus fiéis.
Sejam sacrifícios, penitências, dízimos ou simples rituais mecânicos, todos são impostos de maneira que se não seguidos, terão como conseqüência o castigo divino.
O “temor a Deus” citado na bíblia é confundido com o terror “escatológico” pregado nos “palcos” eclesiásticos, colocando a massa sedenta por determinações em situação de dívida e pânico auto existencial caso não se consiga cumprir as “ordens superiores”.
Onde está o Deus de amor que se prega no cristianismo? Onde está o Amor de Deus que é descrito em qualquer livro de fé religiosa?
Seria Deus um ser tirano, ou Ele está sendo pregado pelos tiranos da raça humana, a ponto de colocarem suas raivas e indignações nos estatutos e atitudes dos procedimentos religiosos, moldando um Deus tão falho, perverso e amargo quanto nós?
Falamos tanto da misericórdia de Deus, mas não nos conformamos com alguém que promove o mal por toda vida, e suplica a justiça e o perdão divinos em seu leito de morte.
Quem somos nós pra apontar nossos dedos inquisitores abraçados com a nossa ortodoxia meramente humana e mesquinha, nos julgando superiores ás ideologias alheias?
É mais fácil desertar alguém que contesta os meios por pensar diferente, do que tentar refletir o porquê da religiosidade ser capaz mais de destruir do que realmente construir o caminho que nos liga a Deus.
Despirmos das doutrinas e emblemas eclesiásticos nos fará se aproximar mais de Deus, conhecer melhor sua pessoa, e nos sentirmos verdadeiramente filhos dEle e não seus escravos.

Nenhum comentário: