quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Independência? Onde? Quando?



Amanhã comemoraremos mais um ano da independência do Brasil. Algumas pessoas irão para as ruas assistir ao desfile, ou mesmo participar de algum ato cívico. As escolas principalmente fazem questão de jurar a bandeira, cantar o hino nacional, ou coisas do tipo.
Nosso patriotismo se resume a isso? Afinal, o que é realmente patriotismo ou mesmo independência?
Para o nosso presidente da república independência tenha um significado financeiro, quando ele mesmo se orgulha de dizer que hoje não somos mais devedores do FMI. Pagamos enfim a dívida externa, que com certeza nos custou bilhões só de juros, e que no fim nem era uma dívida, pois o dinheiro era financiamento dos EUA para período de ditadura que muitos de nós vivemos.
E se a gente for mesmo cavocar a nossa história, perceberemos que qualquer movimento de “revolução” que aconteceu aqui, só aconteceu por conveniência. Dom Pedro I só declarou e se realmente fez isso às margens do rio Ipiranga, fez porque Portugal já tinha explorado de tudo no Brasil, e tava começando a ter despesas com esta terra, e torná-la um país era uma forma de se livrar do prejuízo econômico.
Assim como os militares que desfrutaram de todo dinheiro da terra do Tio Sam, durante a ditadura, e quando esse dinheiro acabou, junto com a Guerra Fria, nada mais sensato do que entregar os farrapos do estado para os “democráticos”. A democracia brasileira começa sua história de forma miserável e ainda devendo pros Estates.
Hoje em dia, contamos a história do nosso país sem uma devida análise mais aprofundada, com exceção de alguns especialistas, nos limitando a símbolos e rituais patrióticos, como se isso mostrasse alguma lealdade ao Brasil.
O próprio EUA, mesmo com todo esse totalitarismo bushiano, tem uma história de sangue e pólvora de um povo que lutou contra o exército britânico, a fim de tornar a América do Norte uma nação livre e próspera. E nós? Por acaso temos esse legado de sangue? Nossos heróis realmente derramaram sangue por este país, ou será que Tiradentes não passaria de um “Zé Rainha” da inconfidência mineira? Seríamos realmente capazes de morrer pelo país, como diz o hino da bandeira?
Somos um país que recebeu sua independência por um decreto político, por isso, as coisas boas que esse país poderia ter, não saem do papel. E salve nossa santa hipocrisia. Amém.