segunda-feira, 27 de abril de 2009

Síndrome de Spielberg - Considerações sobre o flme "Presságio"

Realmente a greve dos roteiristas de Hollywood causou efeitos bem negativos nesses ultimos anos. A indústria cinematográfica vem despejando de caçamba uma tonelada de remakes, adaptações de livros, histórias em quadrinhos e jogos de videogame, além de filmes que aparentemente parecem originais, mas que lhe dão a sensação de que já viu aquilo antes e melhor.
Tá certo que já tem umas 2 ou 3 décadas que Hollywood vem se tornando um deserto de idéias, mas nesses ultimos 3 anos a coisa vem piorando, e parece que agora é só ladeira abaixo. O fato de um filme estrangeiro conseguir ganhar o Oscar de melhor filme, numa premiação em que até então só se auto-premiavam, já mostra os sinais do tempo.
Mas chega de blá-blá-blá e vamos ao filme em questão. Minha noiva ficou me falando de querer assistir Presságio, até porque ela é fã de Nicolas Cage. Por pior que seja o filme que ele faça, ela fica vidrada no cara, mas eu nem ligo, pois a concorrência que ele faz comigo é a distância.
Enfim, fui ver esse filme ontem(26/04), já desencanado de que me surpreenderia com alguma coisa no filma, e realmente foi o que aconteceu: de onde menos se espera é que não sai nada mesmo.
Não que o filme seja péssimo, mas os seus 122 minutos cansam um pouco, pois você ao assisti-lo, tem a impressão que já viu algo parecido.
Eu não vou discorrer aqui a sinopse aqui porque provavelmente tem um monte de sites explicando o filme, aqui vai um deles, mas trata-se de uma mistura de Arquivo X, Guerra dos Mundos, e Os Esquecidos. Antes de assistir, achei que o filme podia ser como uma continuação de O Vidente, estrelado pelo mesmo Nicolas Cage, mas nesse ponto me decepcionou.
Você vê apenas o personagem de Cage correndo pra lá e pra cá tentando salvar o mundo de desastres que foram previstos por uma criança, onde o mesmo, que até então era ateu e evolucionista, começa a perceber que "o negócio não é tão bagunçado assim", ou não.
Agora, o final do filme(não se preocupe que eu não vou contar), é digno de Spielberg. O diretor Alex Proyas realmente fez a lição de casa com o pai do E.T., e conseguiu entrar para o seleto grupo de diretores que criam seus 5 minutos de bobeira para concluir a história de um filme.
O cara até consegue criar um clima de suspense do tipo "arquivo x" em quase todo o filme, pra no final, nos brindar com algo meio que "mundo de Oz" nos momentos finais. Decepcionante, mas totalmente clichê, como todo filme que quer terminar com final feliz, mas que tem a ver com o cinema holywoodiano, "nada se cria, tudo se repete".
Por isso, quem quiser assistir o filme, fique avontade, compre um pacotão de pipoca, e se divirta com a guloseima, mas não espere sair da sessão como se o mundo tivesse se aberto pra você. Mas também não precisa sair do cinema indignado, assim como a minha noiva. Hehehe.

Um comentário:

Baunilha disse...

Olá! Olha só, fui assistir ao filme também e achei muito bacana com relação aos efeitos, as cenas de ação e realmente é um filme que prende. Mas concordo com você que no enredo, na autenticidade e na inovação ele deixar bem a desejar....